História e suas manas
REPRESENTATIVIDADE NECESSÁRIA
Nem todas as pessoas estão representadas no Congresso Nacional.
Os povos originários são exemplos de pouquíssima representatividade política (e não apenas) em nossa sociedade.
Neste espaço, convido para a reflexão. O tema? Mulheres e meninas indígenas e violência
É breve o texto. Seu objetivo? Iniciar uma reflexão.
Convidar brasileiras indígenas a nos dizer de si.
ESCUTAR
Ouvir primeiro.
Escutar as mulheres, filhas dos povos indígenas em suas diversidades.
Elas estão dizendo sobre as violências que sofrem, sobre os desafios que enfrentam, sobre seus sonhos e culturas.
Vamos descobrir dores, lutas, receios e sonhos comuns.
Vamos descobrir questões que lhes são particulares.
Mulheres, somos diversas.
Enquanto historiadora, lembro que, na historiografia (e não apenas), há muitos ‘silenciamentos’ e eles alimentam preconceitos, racismo e violência.
QUANTAS PARLAMENTARES INDÍGENAS EXISTEM?
No Congresso Nacional, somente uma:
Joenia Wapichana, do povo indígena Wapichana.
Eleita pelo estado de Roraima, Joenia é a primeira mulher indígena eleita deputada federal no Brasil (período 2019-2023).
Entre as ações da deputada, está a denúncia da vulnerabilidade a que estão expostas crianças e mulheres yanomami nas regiões alvo do garimpo.
DOR
Hoje, no conjunto de “21 dias de ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” (20 de novembro a 10 de dezembro), Histori-se lembra:
Mataram uma filha.
Roubaram uma mãe de seu bebê no dia 11 de novembro de 2022.
Não foi a única mulher vítima da violência e do ódio no Brasil.
Tampouco a primeira yanomami.
Por todas nós!
Pelas mulheres indígenas!
Por todas as mulheres yanomami!
Quem roubou a vida de Ana Yanomami? Por quê?
Este crime:
“Não fere só o povo Yanomami. Fere todos nós.”
(Marcia Kambeba)
Nota:
Citação de Marcia Kambeba – Fonte: Vídeo publicado por Marcia no Instagram no dia 25/11/2022.