Chiquinha Gonzaga
Mulheres compositoras
Eu escutei uma, duas, várias vezes.
Os sons entraram em minha alma e me conduziram para lugares que vivi, para pessoas que pertencem aos meus afetos, para espaços e cheiros de minhas trilhas nesta vida.
Ana Cacimba não sabe, mas sem perceber, compôs e cantou muito do sertão que é parte de mim.
Mas, mesmo que assim não fosse, eu indicaria este belo trabalho.
ANA CACIMBA
Ana Cacimba é brincante, compositora, cantora e estudiosa da cultura musical popular brasileira. Durante a pandemia, conectada com suas raízes ancestrais, lançou o EP Cura.
Pelas composições e cantos de Ana, cantam gerações de mulheres. São esses cantares que promovem a cura, a esperança e reafirmam a força do feminino.
O EP CURA
“Cura” está presente em todas as plataformas digitais.
A composição Casinha do Mato, traz memórias da infância de Ana e é uma homenagem para sua avó materna.
CASINHA DO MATO
Uma casinha no mato me enche de recordação
Da bateia no riacho, túia cheia de feijão
Rapadura de melaço, alumeia o lampião
O ramo da benzedeira, cantiga de coração
O canto do passo preto, o fiar do algodão
As moeda na gibeira, visage de assombração
É tanta falta de chuva que castiga aquele chão
E a sementinha que luta pra nascer lá no sertão
O riozim o canoeiro, o canto do beira mar
A canção da lavadeira mulheres à entoar
Tem a paçoca de carne, tem o biscoito pra assar
Bule no fogão de lenha, cheirim de café no ar
Meu coração bate forte quando eu começo à lembrar
E se eu assunto a viola me pego logo a cantar
Sobre a casinha no mato que no quilombo ainda está
E lá que era a morada da minha vozinha Sinhá
Som seu lencinho amarrado no cabelim de algodão
Pele preta enrugadinha vestidinho de chitão
La la la la la laiá la la la laiá la laía
La la la la la laiá la la la laiá la laía
É tanta falta de chuva que castiga aquele chão
E a sementinha que luta pra nascer lá no sertão
O riozim o canoeiro, o canto do beira mar
A canção da lavadeira mulheres à entoar
Tem a paçoca de carne, tem o biscoito pra assar
Bule no fogão de lenha, cheirim de café no ar
Meu coração bate forte quando eu começo à lembrar
E se eu assunto a viola me pego logo a cantar
Sobre a casinha no mato que no quilombo ainda está
E lá que era a morada da minha vozinha Sinhá
Som seu lencinho amarrado no cabelim de algodão
Pele preta enrugadinha vestidinho de chitão
La la la la la laiá la la la laiá la laía
La la la la la laiá la la la laiá la laía
Ana Cacimba
You Tube
https://www.youtube.com/c/AnaCacimba
ASALATO
Ana Cacimba compartilhou com Histori-se informações sobre o asalato. Confira o post.
Informe-se e assista o vídeo da Ana tocando este instrumento.
Clique no link < Asalato>.