Notas para uma narrativa: o fio de Ariadne

Imagem de um rolo de fita de cinema.
Imagem de Gerd Altmann in Pixabay-2022.
Projeto de Extensão Continuada para a Formação de Leitores: Cinema e Literatura
Diadorim
Cinema e Literatura

Este post continua o artigo: < Educação, arte literária e arte fílmica  >.

Imagem  in Pixabay-2022.

NOTAS PARA UMA NARRATIVA: O FIO DE ARIADNE

(PARTE II)

As preocupações caras aos seres humanos são, desde sempre, as mesmas: o amor, o ódio, a vingança, a compaixão, o poder, enfim, emoções que impregnam a vida cotidiana e a História dos povos.

O que pode modificar a percepção desses sentimentos e oferecer novas facetas no que tange à vida humana relaciona-se ao modo de contar a história.

A ficção literária e a audiovisual repetem ao leitor sempre a mesma ladainha (ainda que ele nem sempre se dê conta): como, como, como… Como a história está contada, como os fatos foram encadeados, como a compreensão do sentimento amoroso ou do ódio emerge da história, como o desfecho encontra-se preparado desde as primeiras linhas ou desde a cena inicial.

No estudo da Literatura e das Artes audiovisuais, é de fundamental importância não eleger os temas, mas como abordá-los.

As estórias de Guimarães Rosa sobre o mundo desvalido da criança que mora no sertão (Corpo de Baile, por exemplo, de 1956) foram produzidas com recursos diferentes daqueles utilizados nas narrações de João Simões Lopes Neto (no pampa de “O anjo da vitória”, em Contos gauchescos, de 1912, por exemplo), ou por Paulo Lins – a favela de Zé Pequeno e de outros tantos meninos da Cidade de Deus (nome do romance publicado em 1997) precisa de metáforas urbanas.

Na tela, consequentemente, os recursos de linguagem também serão outros.

L. entrou na cantina, aproximou-se e disse:

– Professora, tenho que lhe contar uma coisa.

– O que foi, L. ?

– Não estou mais preocupado com a história. Agora eu olho como a história é contada!

E passou a exemplificar sua nova percepção de cinema, elencando filmes que assistira e o modo como os via desde que as sessões de cinema e literatura iniciaram na escola.

O entusiasmo daquele cinéfilo era contagiante.

O campus CAMAQUà

  O campus Camaquã do Instituto Federal Sul-rio-grandense abriu as portas aos alunos em 2010.

Na ocasião, já com 62.759 habitantes (os dados são do IBGE),
a cidade não tinha salas de cinema.

O Cine Teatro Coliseu, prédio restaurado e, como o nome sugere, originalmente destinado ao teatro, era (e ainda é) o local destinado à apresentação de filmes para escolas que agendassem esse tipo de atividade.

Nas vídeo locadoras, muitos filmes tinham por tema a vida de personagens ligados ao cristianismo, ou, então, temas da moda em filmes produzidos por Hollywood.

Considerando a disponibilidade de meios, ainda assim as salas de exibição não tiveram vida longa na cidade.

O Projeto de Extensão Continuada para a Formação de Leitores: Cinema e Literatura – diálogos  

    A apresentação do Projeto de Extensão Continuada para a Formação de Leitores: Cinema e Literatura – diálogos foi acolhido com entusiasmo pela comunidade escolar.

O objetivo principal era formar leitores mediante a conscientização dos recursos de linguagem usados no texto literário e no audiovisual.

O modelo utilizado foram sessões de cinema com a exibição de filmes comentados.

O SALÃO DE EXTENSÃO 

 No 1° Salão de Extensão, ocorrido no campus Sapucaia, em 2012, a apresentação das atividades do Projeto suscitou debate.

Docentes provenientes de outros campi relataram experiências que não haviam durado mais que um ano ou, então, que viviam momentos intermitentes.

No relato feito pela bolsista, Victória Viatroski, as sessões realizadas em Camaquã alcançavam a média de 34 pessoas por exibição, e uma oficina ministrada tivera como resultado a formação de um grupo de 21 estudantes, divididos em equipes de trabalho.
E um professor de informática passara a integrar o Projeto Cinema e Literatura.

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2010 a 201

De 2010 a 2012, as exibições contaram com um público bem variado, estabilizando-se no último ano.

Inicialmente, um público de cinco a sete pessoas, estudantes do campus Camaquã, demonstrou interesse nas possibilidades de leitura abertas pelas sessões.

Esse grupo comparecia a todos os encontros que, de 2010 a 2011, ocorreram mensalmente e em uma noite pré-estabelecida, ora no Cine Teatro, ora no campus.

Em 2012, por solicitação da comunidade escolar camaqüense, foram oferecidas duas sessões mensais, em horários e locais alternados.

 

Imagem disponibilizada in Pixabay, 2022.

A SALA DE EXIBIÇÃO

A sala de exibição, seja em uma escola, seja em um Cine Teatro, seja um local realmente escuro, seja uma sala em penumbra, reúne pessoas em torno de um mesmo objetivo.

Ao sentarem, os grupos se escolhem, mesmo que não tenham vindo juntos. A comunhão na sala de cinema funciona como um gesto que perpetua sonhos individuais e desejos coletivos.

Josimey Costa da Silva lembra que não é biologicamente que o homem se perpetua, mas pelo

“exercício de vínculos, e a finalidade da comunicação e da socialização é a continuidade do indivíduo e da espécie.
Porém, o fato de que a realidade humana é simultaneamente natural e cultural faz que a sociedade não seja apenas uma existência concreta em espaços delimitados […]; ela é também um construto das experiências humanas coletivas e individuais”
(SILVA, 2008, p. 19).

Cada um daqueles espectadores carrega uma bagagem sociocultural que o ajudará a fazer sua própria leitura do filme em exibição.

Durante o desenrolar da narração, cada indivíduo encontra seus próprios recursos para ler os símbolos que encontra e interpretar aquilo que vê.

Normalmente, as pessoas saem dessa experiência comentando o tema abordado ou a performance de um ator. Poucas analisam a linguagem, ou se deixam encantar pelos recursos audiovisuais e suas sutilezas.

A problematização das relações entre o conteúdo e o discurso fílmico escolhido enriquece o espectador.
O debate após a exibição permite a socialização dos saberes.

Processo similar ocorre durante a leitura de um romance ou de um conto.

O leitor experimenta os recursos que a imaginação lhe fornece para criar as imagens sugeridas pelas palavras.

Gradualmente, ao percorrer o conto machadiano “Pai contra mãe” (publicado em 1906, em Relíquias de Casa Velha), ele constituirá a imagem de Cândido Neves e de tia Glória. Solitário, ele vive a vida dos personagens e pode imaginar as vidas que gostaria de ter (BENJAMIN, 1994, p. 213-214)[1].

Experimenta situações dolorosas, a alegria do amor recém descoberto, enfim, desenvolve a sensibilidade e uma visão mais complexa de mundo.

As palavras escritas fluem, constantemente ultrapassam os limites da página de papel. A imagem, ao contrário, apresenta-se à nossa consciência delimitada, na forma de um quadro.

Mesmo a imagem em movimento na tela do cinema, mesmo essa imagem estará sempre enquadrada.
No tempo concedido à leitura de um livro, uma corrente de palavras flui, movimenta-se em frações, em pedaços que nunca estão restritos ao espaço de uma moldura.

Na sala de projeção, o público partilha imagens que só se diferenciam pela leitura dos indivíduos, pelo tanto de informação e vivência que o receptor das imagens pode agregar a cada signo lido.

Alberto Manguel comenta que, com o passar do tempo,

“podemos ver mais ou menos coisas em uma imagem, sondar mais fundo e descobrir mais detalhes, associar e combinar imagens, emprestar-lhe palavras para contar o que vemos mas, em si mesma, uma imagem existe no espaço que ocupa, independente do tempo que reservamos para contemplá-la” (MANGUEL, 2001, p. 25).

 Caso, em outra ocasião, assista ao filme dirigido por Sérgio Bianchi, Quanto vale ou é por quilo? (2005), o leitor talvez não encontre os personagens que criou naqueles dirigidos pelo cineasta.
Encontrará outro ponto de vista, outra imaginação.

A ficção, quer pela linguagem fílmica, quer pela verbal, desperta a visão crítica de sujeitos, coloca-os em contato com outras versões da realidade – e da ficção.

Permanecer na sala de cinema e debater o que foi visto permite a troca de experiências e de ideias, faz com que as pessoas se aproximem.

Também possibilita o confronto de pontos de vista, de modo a problematizar questões que pareciam resolvidas, determinadas por um grupo social hegemônico.

Não apenas a roupa e a postura, mas os discursos funcionam como indicativos de pertença.

A conversa evidencia os grupos, possibilita a influência de uns sobre os outros, transforma a sala de projeção em uma arena civilizada, em um espaço da democracia.

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              AS SESSÕES

As sessões funcionaram com uma dinâmica que procurava estimular o grupo presente ao debate.

Antes da exibição, o palestrante fornecia dados selecionados com antecedência.

Por exemplo, falava sobre o diretor e outros filmes que ele tivesse realizado, ou sobre o início de sua carreira; os atores que protagonizavam o filme eram apresentados; e, por fim, era feita uma observação ou uma indagação que deveria gerar o debate ao final da exibição.

A pergunta podia girar em torno do tema, como a ética nas ciências, as narrativas do folclore popular e a violência doméstica, ou podia alavancar reflexões sobre a linguagem, como a observação da cena que inicia a película, o reconhecimento da pontuação musical que acompanha determinado personagem ou mesmo a observação do cenário em que um personagem diz uma frase de impacto a outro.

Os estudantes que persistiram nos encontros passaram a perceber nexos entre um filme e outro, entre um livro e outros.

A seleção de obras tinha, como um dos objetivos, evidenciar relações entre pontos de vista autorais.
Diretores e escritores faziam escolhas, e, claro, elas estavam ligadas ao conjunto da obra de cada um.
Questões como religiosidade e humanidade, o papel histórico da igreja como instituição política e a presença da figura feminina à frente de congregações, por exemplo, nortearam os primeiros passos desse formato de exibição.

A escolha dos temas foi pautada pela visita às vídeo locadoras e por sugestões de parceiros do Projeto.

Em um único encontro, os presentes recebiam noções de planos, de sequência, de narração e de história da literatura e do cinema.

Na sessão seguinte, vinha à cena a pontuação musical e a insistência em determinadas cores na paisagem ou nas roupas do protagonista, de modo a pesar recursos narrativos nem sempre tão óbvios.

Além da descoberta do filme, os espectadores entravam em contato com a linguagem audiovisual.

No que se refere à literatura, ou o texto era apresentado antes mesmo do filme, com trechos projetados e comentados, ou após o debate, a fim de enriquecer as considerações dos presentes.

Quando se tratava de um romance, de um conto ou de um drama, procurava-se um trecho que, no filme, fosse reconhecível, quer devido à imagem, quer devido a um diálogo.

A cena em questão era objeto de comentários minuciosos, de modo a extrair a opinião do público.

A troca de leituras foi sempre muito produtiva, embora as primeiras colocações demorassem a ser feitas.

Filmes como A paixão de Jacobina (2002), de Fábio Barreto, por exemplo, teve a protagonista comentada em relação ao filme de Luc Besson, Joana d’Arc (1999).

As cenas nas quais a atriz Milla Jovovich empresta carga dramática ao gesto e ao rosto da personagem protagonista, frequentemente em primeiro ou em primeiríssimo plano, foram pontuadas ao início da sessão através de observações que solicitavam aos presentes atenção a algumas sequências, como a da entrada da jovem francesa no salão, em busca do delfim Carlos, e aquelas que mostram Joana em conflito com o confessor e consigo mesma.

Na exibição seguinte, o público foi convidado a observar as roupas da personagem de Letícia Spiller e que tipo de informação essas roupas, aliadas ao cenário, forneciam ao espectador.

O trabalho obteve ampla participação porque permitia a compreensão da linguagem narrativa do cinema e, ao mesmo tempo, do imaginário caro aos leitores daquelas películas.

O tema girou em torno do papel feminino nas organizações religiosas e do aproveitamento político desses fatos.

No que concerne à linguagem, as semelhanças entre as narrações chamaram a atenção de todos.

Também as atuações foram muito comentadas pelo público, que destacou os personagens interpretados por Felipe Kannemberg e por Dustin Hoffman.

Meses mais tarde, ao ser apresentado o filme Quilombo (1984), de Cacá Diegues, o debate sobre a participação da mulher em funções religiosas e políticas voltou à tona.

Os textos literários que acompanharam as sessões descritas acima foram Santo Inquérito, de Dias Gomes (1966), a Vida de Joana d’Arc (1935), de Erico Verissimo e Videiras de Cristal, de Luiz Antonio de Assis Brasil.

O primeiro permitiu a abordagem da figura de Branca Dias, cruzando aspectos históricos e literários.

Trechos do inquérito foram projetados de modo a provocar a reflexão entre as falas das protagonistas, a do filme e a do livro.

O segundo proporcionou uma indicação de leitura para todas as idades, uma vez que o livro fora destinado ao público infanto-juvenil.

O terceiro, após a leitura de alguns trechos do romance (previamente selecionados), fez pesar as opções discursivas para dar vida às personagens femininas e seus conflitos, escolhas que demonstram as diferenças entre a página de papel e a tela, ainda que o diálogo temático esteja garantido.

Em outras ocasiões, porém, minicontos foram lidos na íntegra.

Nesses casos, o texto fílmico não fora adaptado de uma obra literária, mas a temática e a estética permitiam a relação com um determinado escritor.

A leitura era feita em voz alta, de modo a permitir aos presentes o impacto da construção literária. Normalmente, essa estratégia intensificava o diálogo com o filme.

À apresentação de Volver (2006), de Almodóvar, o tema em debate foi a violência doméstica e o papel das mulheres em um constructo social de proteção mútua, ainda que, para isso, acobertem crimes.

Nesse dia, a literatura chegou durante o debate. Em dado momento, foram apresentados o miniconto número “10” de 99 corruíras nanicas (2000), de Dalton Trevisan, e o conto do livro Mulheres (1998), de Eduardo Galeano, “O presente”.

Da violência doméstica na favela ao estupro e assassinato praticado pelos colonizadores das Américas, a literatura causou um choque visível e acirrou a discussão.

O conjunto de obras visto ofertou modos diferentes de representar o escravo oprimido, a mulher subjugada pela violência, as crianças usadas como mão de obra barata.

Os comentários abriam as portas para ligações entre tempos históricos, entre diferentes formas de conceber e relatar valores vigentes.

A graça da variante informal e sertaneja na contação de histórias sobre o Cujo e as promessas a Santo Antônio, a descrição lenta do árduo trabalho nas minas de carvão nos moldes do realismo naturalismo e a narrativa encurtada e seca cujo objeto é a cidade evidenciaram como falar de perdas e de dor.

A divulgação das sessões em rádios, em visitas às escolas da cidade e em murais do campus Camaquã teve um retorno lento mas sistemático.

Docentes passaram a comparecer com turmas que vinham orientadas para a participação em um debate de interesse coletivo.

Alguns filmes exigiam muita atenção, como Germinal (1993), de Claude Berri, e Terra estrangeira (2005), de Walter Salles e Daniela Thomas.

Outros, como Frankestein (1994), de Kenneth Branagh, ou A marvada carne (1985), de André Klotzel, envolviam o público já nas cenas iniciais.

OS ESTUDANTES NO FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

O grupo de estudantes selecionado para a ida ao Festival de Cinema de Gramado resultou de critérios relacionados à assiduidade nas sessões, à participação nas atividades do Projeto Cinema e Literatura, à matrícula no campus Camaquã e ao rendimento escolar.

Participar de projetos extraclasse requer o cuidado em não abandonar os estudos regulares.

No momento, em currículos do Ensino Médio, a literatura faz parte da disciplina de língua portuguesa, como se esses fossem conhecimentos cujo desenvolvimento requer as mesmas habilidades.

E a linguagem audiovisual, a não ser em aulas sobre textos não verbais, não aparece sequer como disciplina, ausência que se alia à baixa carga horária para as artes.
Se por um lado não se quer marginalizar o estudante por uma falha na formação, por outro, não se quer que ele seja reprovado por participar ativamente de projetos que envolvem linguagens essenciais para o mundo contemporâneo.

Após uma troca intensa de mensagens com os organizadores do Festival de Cinema, a programação de que os estudantes participariam envolvia as interfaces entre Cinema e Literatura.

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14 de AGOSTO de 2012

Em 14 de agosto de 2012, um grupo ainda sonolento desembarcou em Gramado, a tempo de assistir ao debate dos filmes vistos na noite anterior.

Pela primeira vez, estavam em um Festival de Cinema e ouviam, atentos, perguntas de críticos e jornalistas e as respostas de cineastas desconhecidos, de atores que só haviam visto na TV ou dos quais não tinham notícia e de produtores a quem, até aquela ocasião, não davam a devida importância.

Credenciais em punho, os estudantes percorreram a cidade, assistiram a sete filmes e participaram da programação paralela.

Estiveram em contato direto com cineastas e roteiristas em uma mesa de comunicações intitulada Cinema e Literatura e no saguão da Sociedade Recreio Gramadense.

Puderam fazer perguntas e, muitas vezes, deixar para fazer os comentários quando reunidos para um lanche.

A possibilidade de diálogo com pessoas acostumadas a realizar e pensar cinema e literatura e o mundo de conhecimentos descortinado fora da sala de aula mas a ela relacionado despertaram naqueles jovens a consciência do quanto era fundamental trabalhar com a linguagem audiovisual e como os resultados dependeriam de observação da vida real, sim, e, também, da observação da ficção em suas várias expressões.

O RETORNO

No retorno, o grupo vinha munido com ideias, projeções, metas.

Exaustos, tinham fôlego para traçar as próximas ações: realizar filmes.

Até aquele momento, não haviam sido incentivados a atividades relacionadas à filmagem.

A valorização dos trabalhos do escritor e dos diversos segmentos envolvidos na realização de um filme deveria ser conditio sine qua non a quem fosse fazer cinema.

Para isso, os estudantes precisariam ter noções de estética, de história da arte e de literatura, de produção de texto ficcional e de linguagem cinematográfica.
Agora, em 2012, tudo estava pronto.

seta A oficina realizada em um sábado foi um sucesso.
Os estudantes assistiram a uma entrevista em que Sérgio Silva expunha vários momentos do trabalho para a realização de um filme.
Após o debate sobre as declarações do cineasta e ator, os alunos foram convidados a formar equipes.

Cada estudante escolheu aquilo que gostaria de fazer.

Os grupos dos roteiristas e dos atores foram os maiores. Participantes assíduos das atividades do Projeto, Douglas Ávila, Victória Viatroski, Bruno Bonilha, Fábio Bizzarro e José Camargo naturalmente tomaram a liderança.

Os minicontos escritos por duas estudantes e um conto de Guy de Maupassant foram entregues aos roteiristas, os atores passaram ao trabalho de laboratório, os diretores – conhecedores dos argumentos – à discussão sobre o tipo de narrativa que projetavam.
Produtores e montadores estavam integrados aos demais grupos e, gradualmente, assumiram esses papéis.

A partir desses eventos, a equipe organizou cronogramas de reuniões e de atividades.
Criaram um blog através do qual podem se comunicar.

Dois roteiros foram finalizados, um filme está pronto, o outro, em andamento.

Um terceiro roteiro começa a ser esboçado – o conto de Maupassant, escolhido por eles.
Trata-se de um trabalho inicial, são suas primeiras experiências.

O primeiro filme, com cerca de oito minutos de ação, levou mais de 20 horas entre produção, filmagem e montagem.

Durante a filmagem, não se perdeu uma única hora de trabalho, as imagens captadas não foram desperdiçadas.

E não foram incluídos nessa contabilidade os ensaios e laboratórios dos atores, as versões do roteiro decupado e as aulas de fotografia com o professor de informática, Marcelo Kwecko.

A  AUTORA
Vera Haas

Vera Haas
Vera Haas e Frederico

marca Histori-se

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