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História e suas manas
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Criação: Patrícia (editora de Histori-se)

COMEÇANDO A CONVERSA

Para começo de conversa, a ideia de independência ou ideias emancipacionistas já andavam pelo Brasil bem antes de 1808, quando Dom João e sua corte se mudaram para cá: fugindo das forças napoleônicas.

Eram pensamentos mais regionais…
E não pense que com isso, menos arriscados.

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BRASILEIROS?

Os brasileiros tinham mais consciência de suas regionalidades: mineiros, baianos, pernambucanos e por aí segue – do que de uma nacionalidade, brasileira.

Eram poucos e pequenos os territórios regionais?

Compare a extensão de países europeus com a de territórios de estados ou de regiões do Brasil e tire as suas conclusões.

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REPÚBLICA

República era a forma de governo mais popular entre os emancipacionistas.

Este lance de monarquia só ganhou expressão com o fim do período joanino no Brasil.

Exemplos movimentos emancipacionistas:

  • Inconfidência Mineira (Conjuração Mineira), aconteceu em Vila Rica (atual Ouro Preto), na região de Minas Gerais, entre 1788 e 1989.
  •  Conjuração Carioca, teve como local a cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1794.
  • Revolta dos Alfaiates (Conjuração Baiana) que aconteceu na Bahia, no ano de 1798.
  • A Revolução Pernambucana, que estourou em 1817, quando a Família Real Portuguesa e sua Corte já viviam por aqui.
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ABERTOS OS PORTOS…

Logo que chegou ao Brasil, Dom João proclamou abertos os portos brasileiros às nações amigas – que naquele momento eram …poucas – a Inglaterra ficou contente.

Dom João e Dom Pedro

Comerciantes e exportadores brasileiros viram uma de suas causas de revolta resolvida: tinha fim o monopólio colonial.

Bem… Alegria momentânea, pois Dom João continuou fazendo acordos com os ingleses e, na prática, a influência britânica nos negócios não agradou muitos dos brasileiros (e nem muitos portugueses…) e, para outros habitantes dessas terras, a Corte aqui (ou acolá) pouco ou nada significou de fato.

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Em pouco tempo, alguns brasileiros descobriram que a Corte portuguesa era cara e isso representou maiores impostos para as províncias (estados) e pouco retorno.

Enquanto Dom João e sua corte por aqui ficaram… O Brasil viveu importantes novidades, como criação de escolas de medicina e a introdução de novas culturas agrícolas.

Napoleão Bonaparte

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Napoleão Bonaparte foi derrotado na Europa e Dom João VI,  por aqui estava e – pelo jeito – pretendia continuar… O Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves e continuou como sede do governo português.

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A REVOLUÇÃO DO PORTO

Do lado de lá do Atlântico, os portugueses não ficaram nada contentes e o resultado foi uma revolução.

Aconteceu em Portugal: a Revolução Liberal do Porto (1820) que, de início,  teve apoio de brasileiros…
Isso, até os brasileiros desconfiarem que, para Portugal, era Revolução Liberal e, para o Brasil, era “reforço do colonialismo ou ‘recolonização’”.

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Afinal, por aqui, havia um monte gente antiabsolutista e simpática aos ideais propagados pela Revolução Francesa (muitos) anos antes e aos pensamentos liberais.

Também, tinha os que se acostumaram com o rei português por aqui, mesmo sendo ele absolutista.
Havia – ainda – muitos que temiam revoltas de escravizados.

Tinha gente do povo que pensava que mudando o rei – ou o sistema – poderia haver mudanças em suas vidas (ou não).

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Dom João  (que, após a morte de Dona Maria I, recebeu o título de Dom João VI e foi coroado rei – antes era príncipe regente) jurou e assinou uma Constituição Liberal e voltou com a Corte e a família  real para Portugal

Ops!
Deixou aqui Dom Pedro, Dona Leopoldina e filhos.

Óleo sobre tela, Domenico Failutti. 1921-1922. Museu Paulista da Universidade de São Paulo

O FURDUNÇO

A emancipação do Brasil aconteceria?

Permaneceria o território unido em uma única nação?

Haveria guerra?
Portugal não aceitaria ‘de boa’ a separação?

E os interesses e expectativas para um Brasil independente?

Eram diversos,  os brasileiros comprometidos com a causa: qual a possibilidade de uma transição mais tranquila, sem grandes desordens ou transformações no status quo?

Quem sabe a sedução de Dom Pedro para o trono brasileiro?

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LISBOA OU RIO DE JANEIRO?

Mas, enquanto Dom Pedro titubeava, os conflitos entre brasileiros e portugueses já estouravam aqui e ali e as províncias precisavam garantir – aderir ao processo emancipatório capitaneado pelo Rio de Janeiro, na figura de Dom Pedro ou continuarem fiéis às Cortes de Lisboa ou fazerem a sua independência.

E, se a elite tinha suas rusgas e interesses, não esqueçamos dos poucos lembrados: o povo sem eira e nem beira, os trabalhadores simples, os que estavam na condição de escravos, os povos indígenas.

O que significava a separação Brasil-Portugal para essas pessoas?

Que futuro vislumbravam?
Como se defenderam nesses tempos de rebuliço?

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Dom Pedro e Dona Leopoldina ficaram no Brasil sem um tostão no baú, dizem.
E as contas chegando…

As Cortes portuguesas revogaram o decreto que designou Dom Pedro como regente do Reino Unido do Brasil, exigiram seu retorno para Portugal e tomaram medidas para diminuir a sua autoridade por aqui, como por exemplo, nomeando governadores de armas para as províncias brasileiras.

Algumas províncias declararam fidelidade à Lisboa. Exemplos: Grão-Pará e Bahia.

Outras ficaram – discretamente – “em cima do muro”, como Minas Gerais: mineiros matutavam, com calma, fiéis ao governo do Rio de Janeiro, ao de Lisboa ou autônomos?

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O RIO DE JANEIRO

O Rio de Janeiro estava, quase todo, com Dom Pedro.

São Paulo, com uma rusguinha aqui, outra ali, fechava com Dom Pedro.

A região Sul e a Província Cisplatina estavam mais para as Cortes Portuguesas.

PACTO COLONIAL

Pacto colonial – de novo – era motivo de pesadelo por aqui.

REPUBLICANOS

Republicanos, também, causavam temores nos mais conservadores da época.

E a República poderia vingar dependendo dos rumos que as tensões tomassem: melhor uma independência o mais tranquila possível e, para isso, feita em torno da figura de um príncipe que já existia.

As lutas armadas que aconteciam na América espanhola traziam receios de que, por aqui, acontecessem processos similares.

Outro temor, eram nascedouros de  movimentos pró- abolicionistas, numa sociedade erguida e sustentada sobre o braço escravo.

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UMA MONARQUIA ABSOLUTISTA NO BRASIL?

Não! Isso não iria dar certo.

Como conseguir que republicanos cedessem – um pouco – de suas ideias em prol de um reino absolutista?

A solução parecia estar nas ideias de partidários de uma monarquia constitucional, como José Bonifácio.

Uma coisa é certa: nunca houve somente uma ideia de independência para o Brasil.

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O DIA DO FICO

No dia 09 de janeiro – Dia do Fico – Dom Pedro decidiu não obedecer às ordens de retornar para Portugal e, na sequência, nomeou novo ministério: agora, sob as ordens de José Bonifácio.

Começaram as rusgas: tropas portuguesas comandadas pelo general português Avilez tentaram resistir às decisões de Dom Pedro: sem sucesso.

Com receio de anarquias, grandes proprietários paulistas, fluminenses e mineiros custearam o soldo de tropas leais a Dom Pedro e apoiaram as ideias de Dona Leopoldina  para o contrato de forças mercenárias.

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PORTUGAL OU BRASIL?

A divisão entre os brasileiros continuava:
time a favor de Dom Pedro versus Cortes Portuguesas.

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A REGENTE DO BRASIL

Dom Pedro nomeou a Princesa Leopoldina regente do Brasil e foi para São Paulo.

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NOVAS ORDENS – DE LISBOA – CHEGARAM

Maria Leopoldina _ princesa regente do Brasil

Dona Leopoldina reuniu o Conselho e viu que teria de decretar a Independência e enviar um carta para o marido contando tudinho.

Tudo resolvido com o grito do Ipiranga?
Claro que não.

A gente conta mais sobre esta história em outros posts.

AGUARDE

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