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História e suas manas

Penso que a democracia tem como finalidade a democracia.

Nunca a democracia é suficiente. É um eterno exercício. Uma eterna busca, uma eterna vigilância.

A falta de democracia abafa – através de instrumentos, como o medo e a falta de educação básica de qualidade – as muitas demandas sociais, políticas, econômicas, culturais da população.

Demandas que devem ser resolvidas respeitando e aprimorando o, nunca suficiente, exercício democrático.

Não podemos esquecer que a democracia é uma conquista diária, um exercício em prol do bem comum, um reflexo de uma vida cidadã.
A democracia não existe fora da eterna busca pela ideia que significa.

A democracia não é possível sem os direitos fundamentais garantidos.
Sempre teremos problemas e questões no palco democrático. Que bom!

Quanto mais democracia, mais espaço para manifestações, para denúncias contra abusos, para debates acalorados.

Sim, uma vida democrática é uma construção constante, um aprendizado cotidiano.
A democracia é trabalhosa. A ausência dela é asfixiante…         

  Preocupa-me posturas conservadoras maquiadas de ações democráticas.

“Você tem sede de que?
Você tem fome de que?…”
 (Titãs – 1987).

Só na democracia, as fomes podem serpentear pelas avenidas, parques e praças.
E a saciedade, antes de ser suficiente, tem a capacidade de enxergar outras fomes.

Só na eterna construção da democracia, eu posso escrever sobre democracia.

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