São 48 poemas que conversam entre si de alguma forma. Paradoxalmente, imagens recorrentes lançam linhas para diferentes filtros interpretativos.
“A matéria de Ana Luiza é o prosaico, o cotidiano, aquilo que afeta qualquer pessoa”, pontua o escritor Caio Riter, responsável pelo prefácio da obra. “Há necessidade da poesia de Ana Luiza, cuja voz é de pássara, que procura tocar a escura superfície de si, sem abrir mão de ir ao encontro do leitor”, completa.
SOBRE A AUTORA
Bageense radicada em Porto Alegre desde 1991, com Doutorado em Teoria da Literatura pela PUCRS, Ana Luiza Antunes é professora de Língua Espanhola do Colégio Militar de Porto Alegre.
Começou a escrever ainda criança. Diz que a poesia é a forma mais interessante de lidar com a palavra, que tem mais peso inserida no poema. São pequenas percepções íntimas sobre estar no mundo.
Organizou a coletânea de crônicas Meninas de Bagé: crônicas feitas de memória (Ed.Teor, 2018), obra em que também participa como autora.
Tem mais de vinte prêmios literários, como os do Concurso Nacional de Contos da Faculdade Oswaldo Cruz, de São Paulo (2001), e do Concurso Internacional Meu Pequeno Mundo, do Instituto Cervantes de Portugal (2003).
Com crônicas, contos e poemas, recebeu o 1º lugar na categoria conto bilíngue da Casa do Poeta Rio-Grandense e Brasileiro (2000), o 1º lugar nas categorias conto e poesia (Concurso Literário da Semana de Letras da PUCRS, 2003), o 1º primeiro lugar no Concurso Literário de Crônicas “A Paz” (PUCRS, 2005), o 2º lugar no Prêmio Lila Ripoll de Poesia (Assembleia Legislativa do RS, 2005), e foi, por três vezes Revelação Literária da Habitasul na Feira de Livro de Porto Alegre, entre outros.
Além de contos, crônicas e poemas espalhados por diversas antologias, Ana Luiza escreveu “O feminino em ‘Uma história de amor’”, capítulo de Corpo de Baile: Romance, Viagem e Erotismo no Sertão (EDIPUCRS, 2007), organizado por Regina Zilberman, sobre a obra de Guimarães Rosa. É autora do capítulo “Os homossexuais na obra de Jorge Amado: uma difícil relação”, do livro Cacau, Vozes e Orixás na escrita de Jorge Amado (EDIPUCRS, 2013), organizado por Biagio D’Angelo e Márcia Rios da Silva.
Sua dissertação de Mestrado e tese de Doutorado dissecam o papel discriminatório que o homossexual teve na obra de Jorge Amado, mostrando um olhar atento às mudanças no mundo.
Ana Luiza, desenvolve também o projeto Foto#verso, com o grupo na rede social Facebook com mais de seiscentos seguidores, que mantém em parceria com a professora Maria Eunice Moreira, uma interlocução entre poemas e fotografias.
A autora prepara uma edição com traduções dos sonetos de Lorca. Na sua percepção, “um poeta deve ser traduzido por outro poeta”.
Contato com a autora: ana.antunes31@gmail.com