ROMANCE – INDICAÇÃO DE LEITURA

Imagem editada (recorte)_capa do livro Niketche_Companhia das Letras.
Niketche: uma história de poligamia

Em sua primeira edição, Histori-se trouxe o artigo “A presença da voz em Niketche, de Paulina Chiziane” (parte I) e, nesta segunda edição, uma continuidade do mesmo texto (parte II): ambos de autoria de Cristina Mielczarski.

O Clube de Leitura, a segunda edição, indica a obra “Niketche: uma história de poligamia”.

A editora de Histori-se chama a atenção para a impossibilidade de indicar a obra da escritora moçambicana, Paulina Chiziane, e não registrar a preocupação com as mulheres e meninas moçambicanas – assim como, com seus familiares e afetos – habitantes da região de Cabo Delgado em Moçambique.

UM POUCO DE INFORMAÇÃO

No dia 30 de março, o jornal Carta de Moçambique {1} publicou a matéria “Palma continua incomunicável”. Palma é a capital do distrito moçambicano de Palma, localizado no norte da região de Cabo Delgado (nordeste de Moçambique), fronteira  com a Tanzânia. A região foi atacada no dia 24 de março, por grupo ligado ao Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS-Moçambique). Segundo o governo moçambicano, Palma já foi reconquistada. Esse comunicado não significa, infelizmente, que a situação esteja resolvida {5}.

De acordo com Fernando Jorge Cardoso, do jornal Observador {2}, esse grupo é conhecido em Moçambique por “mashababos (tradução livre para o plural de Al-Shabaab – juventude em árabe)” e formado por “moçambicanos radicalizados, apoiados por combatentes estrangeiros provenientes de grupos afiliados ao Estado Islâmico”.

Segundo publicação do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA){3} é grande a violência infligida sobre a população e grande, também, o número de pessoas que, enfrentando difíceis condições, deixam a região em busca de abrigo e acolhida fora da área de domínio do invasor.

Em Carta Aberta (Maputo, 29 de março, 2021) ao Presidente da República moçambicana, Organizações da Sociedade Civil (OSC), defensoras dos direitos humanos, em especial, dos direitos das mulheres e das meninas solicitaram maiores esclarecimentos sobre a situação da Província de Cabo Delgado. Segundo essa missiva {4}, disponibilizada na página Wlsa Moçambique / Facebook, a região de Cabo Delgado sofre com a violência perpetuada por esses grupos armados desde Outubro de 2017.

Referências:

{1} – Jornal Carta de Moçambique – disponível para consulta on-line em <  A carta de Moçambique >. Acesso: abril de 2021.
{2}. Jornal Observador – disponível para consulta on-line em <  Observador_Cabo Delgado >. Acesso: abril de 2021.
{3} – Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) – disponível para consulta on-line em < Moçambique_ataques  >. Acesso: abril de 2021.
{4} –  Wlsa Moçambique – disponível para consulta on-line em < m.facebook.com/wlsamocambique > . Acesso: abril de 2021.
{5}. Jornal Folha de São Paulo. Moçambique anuncia retomada de cidade ocupada (…). 21/04/2021. Disponível para consulta on-line em < Folha_UOL_ Cabo Delgado >. Acesso:21/04/2021.

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